Nada… um grande nada na vida de tanta gente. Uma sombra fugaz entre os demais, um "Bom dia" bem disposto, uma palavra reconfortante raramente recordada.
Um vulto que ninguém sabia muito bem se era real ou não. Todos me amam muito, mas no final, sou eu que me sinto a mais. Ainda assim, e com os espinhos espetados no coração continuo a ceder. "Sim, vou lá contigo", "sim, claro que posso ir". "E porque não, estarei lá". E quando estou?
…
É exactamente como se não estivesse. Não… pior, porque no momento em que a minha cara transparece a dor de estar de novo semi-transparente, há alguém que pergunta, "estás bem", "o que se passa?" "Nada, já sabes que eu estou sempre bem!" Mais um sorriso hipócrita, viro costas e finjo-me ocupada com alguma coisa, finjo, só isso.
E passa, a pessoa vai embora, sem saber se há de acreditar ou não, mas uns segundos e… magia, já a minha imagem se varreu da sua cabeça. Olho por cima do ombro… “era isso mesmo que eu te estava a dizer… nada, sou nada” e aquela vontade de sair dali, não importa como, não importa o motivo.
Sair, fugir de mim mesma, correr como se… como se fosse tão simples como correr. Deixar os músculos gritarem o que os pulmões não deixam. Mas não, não pode ser. Aguento até ao fim, naquele suplício meio confuso. Sorrio de vez em quando, não vá alguém reparar que ainda ali estou, e assim que há uma abertura avanço para a porta. Depois vem a fase do “Já vais embora? Mas ainda é cedo! Fica.”, e mais um sorriso, hipócrita, sorrio sempre “Desculpa, mas não posso mesmo ficar, estou cansada, e tenho coisas ainda para fazer, fica para outro dia tá? Vá, fica bem.”
Passo apressado, corro finalmente em direcção mal definida, mas com destino bem escolhido. Vou apenas, não importa o que me espera, nunca importou, o que importa é sair daqui agora. e chego lá gelada, sempre gelada. Procuro o meu canto, e algo que mantenha os olhos entretidos até que o cansaço me vença.
Algumas lágrimas insistem em acompanhar-me… “um grande nada”… sim, um grande nada, um espaço qualquer entre duas palavras que ficaram por dizer. O espaço entre duas gotas de chuva. Aquela folha em branco no final de um livro qualquer, ou aquele segundo de silêncio no final dos filmes. Nada, nem pedaço de folha, nem rascunho. Apenas um grande nada que vai sonhando enquanto vagueia pelas vidas dos outros.
E depois vem a culpa. Estive lá e não devia ter estado. Incomodei demais, devia ter vindo mais cedo, e nem pedi desculpa pelo meu comportamento! Para a próxima não vou. E fica decidido. Choro tudo o que tenho a chorar, e na vez seguinte, à minha primeira recusa, a culpa regressa. "Pois, comportas-te daquela maneira, e agora recusas um convite…" à primeira insistência cedo. "Está bem, eu vou".
E rezo, a tudo e a nada. Rezo para não dar nas vistas, por mais só que esteja. Rezo para conseguir representar o meu papel. E os dias vão-se sucedendo, as caras vão variando, mas eu sou sempre a mesma, e sinto sempre o mesmo, mas não consigo sair daqui, não sei como. As esperanças que vou construindo a custo, destroem-se de repente, como um castelo de areia, demasiado pequeno para resistir às ondas mais suaves…
Um vulto que ninguém sabia muito bem se era real ou não. Todos me amam muito, mas no final, sou eu que me sinto a mais. Ainda assim, e com os espinhos espetados no coração continuo a ceder. "Sim, vou lá contigo", "sim, claro que posso ir". "E porque não, estarei lá". E quando estou?
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É exactamente como se não estivesse. Não… pior, porque no momento em que a minha cara transparece a dor de estar de novo semi-transparente, há alguém que pergunta, "estás bem", "o que se passa?" "Nada, já sabes que eu estou sempre bem!" Mais um sorriso hipócrita, viro costas e finjo-me ocupada com alguma coisa, finjo, só isso.
E passa, a pessoa vai embora, sem saber se há de acreditar ou não, mas uns segundos e… magia, já a minha imagem se varreu da sua cabeça. Olho por cima do ombro… “era isso mesmo que eu te estava a dizer… nada, sou nada” e aquela vontade de sair dali, não importa como, não importa o motivo.
Sair, fugir de mim mesma, correr como se… como se fosse tão simples como correr. Deixar os músculos gritarem o que os pulmões não deixam. Mas não, não pode ser. Aguento até ao fim, naquele suplício meio confuso. Sorrio de vez em quando, não vá alguém reparar que ainda ali estou, e assim que há uma abertura avanço para a porta. Depois vem a fase do “Já vais embora? Mas ainda é cedo! Fica.”, e mais um sorriso, hipócrita, sorrio sempre “Desculpa, mas não posso mesmo ficar, estou cansada, e tenho coisas ainda para fazer, fica para outro dia tá? Vá, fica bem.”
Passo apressado, corro finalmente em direcção mal definida, mas com destino bem escolhido. Vou apenas, não importa o que me espera, nunca importou, o que importa é sair daqui agora. e chego lá gelada, sempre gelada. Procuro o meu canto, e algo que mantenha os olhos entretidos até que o cansaço me vença.
Algumas lágrimas insistem em acompanhar-me… “um grande nada”… sim, um grande nada, um espaço qualquer entre duas palavras que ficaram por dizer. O espaço entre duas gotas de chuva. Aquela folha em branco no final de um livro qualquer, ou aquele segundo de silêncio no final dos filmes. Nada, nem pedaço de folha, nem rascunho. Apenas um grande nada que vai sonhando enquanto vagueia pelas vidas dos outros.
E depois vem a culpa. Estive lá e não devia ter estado. Incomodei demais, devia ter vindo mais cedo, e nem pedi desculpa pelo meu comportamento! Para a próxima não vou. E fica decidido. Choro tudo o que tenho a chorar, e na vez seguinte, à minha primeira recusa, a culpa regressa. "Pois, comportas-te daquela maneira, e agora recusas um convite…" à primeira insistência cedo. "Está bem, eu vou".
E rezo, a tudo e a nada. Rezo para não dar nas vistas, por mais só que esteja. Rezo para conseguir representar o meu papel. E os dias vão-se sucedendo, as caras vão variando, mas eu sou sempre a mesma, e sinto sempre o mesmo, mas não consigo sair daqui, não sei como. As esperanças que vou construindo a custo, destroem-se de repente, como um castelo de areia, demasiado pequeno para resistir às ondas mais suaves…
3 comentários:
:-( ... por te ler assim
;-) ...por te saber ai desse lado
:-( ...por não ter tempo e por ter muitas saudades
;-) ...saber que voas
:-( ...por estar aqui
;-) ...por estar aqui
queria ter 3 desejos para te poder dar um...
Bjs doces, mil vezes docesssss
não me esquecido mail... não tenho tido tempo :-( ...
Adoro-te sabias meu anjo de asas de borboleta
Pescador
PS: Espero que estejas azul... pois eu ando um pouco a preto e branco...
Sabes pescador ? A DROPS que eu gosto, sorry mas prefiro a preto e branco ... É quando fica no seu pleno.
Fogoooo !!! Andava com saudades de te ler :-) Lindo como sempre, sempre ...
(Maloveci)
Sabes Maloveci eu falo daquilo que está para além das palavras....
...
e para ti drops um bj doce com sabor a doce de maçã com noz
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