Todos sabemos que um dia havemos de morrer. Alguns desejam que a morte venha mais cedo, outros querem viver o máximo possível na companhia dos que amam.
Mas com 17 anos não se morre, vive-se, ama-se, fala-se e ouve-se música, sai-se à noite e apanham-se bebedeiras de que os pais não desconfiam, é-se feliz com quase nada, e insatisfeito com tudo o resto... mas não se morre.
Patrícia, vieste, amaste e foste amada... mas partiste cedo demais.
Mas com 17 anos não se morre, vive-se, ama-se, fala-se e ouve-se música, sai-se à noite e apanham-se bebedeiras de que os pais não desconfiam, é-se feliz com quase nada, e insatisfeito com tudo o resto... mas não se morre.
Patrícia, vieste, amaste e foste amada... mas partiste cedo demais.
«O Sol esteve lá o dia todo, acariciou a tua despedida com um brilho nunca visto. E mesmo cansado fez um esforço para te dar um último sorriso, o seu melhor sorriso.
Mas nem o Sol aguentou, sabes? Quando saíste da igreja, e foste envolta nas flores do último adeus de tanta gente, ele escondeu-se atrás das nuvens cinzentas. Se calhar estava só a esfregar os olhos, como todos nós, para quando os abrisse descobrir que estivera a sonhar… se calhar escondeu-se com medo de começar a chorar, como nós chorámos… se calhar ele desejava por este dia, só por este dia, poder ser Lua só para não ter de se despedir de ti, como nós nos despedimos.
Mas não foi cobarde o Sol, sabes? Não foi, nem ninguém nunca o irá acusar disso. Porque ele brilhou por ti e para ti o dia inteiro. Só não foi capaz de te dizer adeus, como eu não fui. E por isso dissemos-te apenas
“Até breve!”»
Mas nem o Sol aguentou, sabes? Quando saíste da igreja, e foste envolta nas flores do último adeus de tanta gente, ele escondeu-se atrás das nuvens cinzentas. Se calhar estava só a esfregar os olhos, como todos nós, para quando os abrisse descobrir que estivera a sonhar… se calhar escondeu-se com medo de começar a chorar, como nós chorámos… se calhar ele desejava por este dia, só por este dia, poder ser Lua só para não ter de se despedir de ti, como nós nos despedimos.
Mas não foi cobarde o Sol, sabes? Não foi, nem ninguém nunca o irá acusar disso. Porque ele brilhou por ti e para ti o dia inteiro. Só não foi capaz de te dizer adeus, como eu não fui. E por isso dissemos-te apenas
“Até breve!”»
... e depois disto, só mesmo o silêncio de não saber o que dizer.
4 comentários:
Mal tinha começado a ler e já tinha a meu lado a companhia de uma querida amiga que partiu sem querer dizer adeus, e nestas alturas até quase que nos revoltamos por não termos estado ao seu lado para ouvir uma última vez o seu respirar, sorrirmos com o seu sorriso, as suas brincadeiras, enfim acabamos mais por pensar em nós do que em quem interessa. Que estupidez! Mas não era isto que queria dizer, desculpa-me veio à cabeça por momentos.
Fizeste relembrar-me aquele ano que foi por demais doloroso, quando a triste notícia bateu à porta do meu coração, e ainda doeu mais ter sabido que não tinha sido pelo sentido normal e cronológico da vida, algo tinha corroído pelo o seu corpo são e tinha roubado a minha querida e divertida amiga.
Não quero dizer com isto que já estive lá ou outra qualquer baboseira que se costumam apregoar nestas alturas mas sim que o destino tem a mania de querer controlar as nossas vidas e não nos deixa tomar as decisões de quem chega ou parte, talvez porque não estaríamos à altura... É curioso que algumas pessoas são por vezes esquecidas quando estão à distância de um telefonema mas acompanham-nos sempre quando nos deixam.
Acho que toda a gente já passou por isto, e às vezes pior. Perder amigos é horrível... não quero nunca descobrir o que seria perder um filho...
e nada do que se possa dizer define o que se sente, e o pouco que se diz define apenas a pontinha do iceberg do que nos atravessa a alma em momentos destes.
Obrigada Pedro :)
deixo-te um beijo e acerteza de k um dia a dor passa...e a lembrança quando vier vem agarrada a um sorriso saudoso :)
Lana,
Obrigada :) é sempre bom receber palavras de conforto.
Bj
Drops
Enviar um comentário