É incrível a capacidade que as pessoas têm de se deixar abater por palavras ou gestos mal interpretados, também é incrível a capacidade que essas mesmas pessoas têm de recuperar de tudo num ápice, basta quererem, basta quererem muito.
Procuro com as minhas palavra apaziguar a minha dor, embora saiba que uma curta conversa contigo alivia mais que todas as palavras que eu possa ordenar numa folha de papel. Fazes-me rir como ninguém, dou gargalhadas sonoras com as tuas promessas de amor e champanhe na praia, os meus olhos iluminam-se só de saber que estás por perto, fico desapontada quando não respondes, oh meu pobre coração, que te fui eu fazer?
As pessoas sempre me olharam como forte, quase insensível a essas lamechices, era essa a imagem que eu sempre quis passar, de destemida e independente, hoje não sei como lidar com isso… gostava que no meio da normalidade que tento mostrar as pessoas mais chegadas conseguissem perceber o que se passa, que vissem aqueles detalhes que fazem a diferença, o meu olhar distante, as respostas curtas, aquele esforço extra para não me esquecer de nada…
Não procuro pena, não é isso, procuro compreensão, um conselho válido, colo de mãe, um abraço apertado.
Sinto o futuro escorregar-me por baixo dos pés, e feita estupidificada assisto a isso impávida e serena, a paz voltou, quero lá saber do futuro, quero lá saber do passado, que se dane o presente, quero esse sonho beija-flor, o sonho em que eu virei flor, e que fomos os dois para a praia beber champanhe e fazer amor…
Ainda me lembro desse sonho, em câmara lenta, como um filme, eu abraçada a mim mesma, com os pés dentro de água, a caminhar devagar, à espera que o mar me chamasse, e depois surgiste tu, fugaz, silencioso, meigo… deste-me um beijo beija-flor, e bebericamos o champanhe, e levaste-me para longe do mar, para que ele não me chamasse nunca mais, estavas com o medo espelhado no rosto, medo de me perderes, beijaste-me novamente, pediste-me que ficasse, para sempre, pediste-me que deixasse de ser flor para ser árvore, forte, que tu passarias a ser um ninho aconchegado no abraço dos meus ramos, e que morreríamos juntos, para sempre juntos. Depois foste-me descobrindo lentamente, e as nossas almas voaram juntas com a brisa, e dançaram beija-flor, dançaram como nunca eu tinha visto, e eu e tu passamos a ser nós, dois corpos unidos pela alma, pela praia, pelo sabor suave do champanhe, e o cheiro a maresia, unidos por aquele mesmo desejo… foi só um sonho beija-flor.
Tu não és um beija-flor, e eu não sou uma margarida, não há praia, nem champanhe, nem cheiro a maresia, não há almas a dançarem a valsa, sou apenas eu, eterna sonhadora, à espera que o mar me chame, ou que tu chegues…
Procuro com as minhas palavra apaziguar a minha dor, embora saiba que uma curta conversa contigo alivia mais que todas as palavras que eu possa ordenar numa folha de papel. Fazes-me rir como ninguém, dou gargalhadas sonoras com as tuas promessas de amor e champanhe na praia, os meus olhos iluminam-se só de saber que estás por perto, fico desapontada quando não respondes, oh meu pobre coração, que te fui eu fazer?
As pessoas sempre me olharam como forte, quase insensível a essas lamechices, era essa a imagem que eu sempre quis passar, de destemida e independente, hoje não sei como lidar com isso… gostava que no meio da normalidade que tento mostrar as pessoas mais chegadas conseguissem perceber o que se passa, que vissem aqueles detalhes que fazem a diferença, o meu olhar distante, as respostas curtas, aquele esforço extra para não me esquecer de nada…
Não procuro pena, não é isso, procuro compreensão, um conselho válido, colo de mãe, um abraço apertado.
Sinto o futuro escorregar-me por baixo dos pés, e feita estupidificada assisto a isso impávida e serena, a paz voltou, quero lá saber do futuro, quero lá saber do passado, que se dane o presente, quero esse sonho beija-flor, o sonho em que eu virei flor, e que fomos os dois para a praia beber champanhe e fazer amor…
Ainda me lembro desse sonho, em câmara lenta, como um filme, eu abraçada a mim mesma, com os pés dentro de água, a caminhar devagar, à espera que o mar me chamasse, e depois surgiste tu, fugaz, silencioso, meigo… deste-me um beijo beija-flor, e bebericamos o champanhe, e levaste-me para longe do mar, para que ele não me chamasse nunca mais, estavas com o medo espelhado no rosto, medo de me perderes, beijaste-me novamente, pediste-me que ficasse, para sempre, pediste-me que deixasse de ser flor para ser árvore, forte, que tu passarias a ser um ninho aconchegado no abraço dos meus ramos, e que morreríamos juntos, para sempre juntos. Depois foste-me descobrindo lentamente, e as nossas almas voaram juntas com a brisa, e dançaram beija-flor, dançaram como nunca eu tinha visto, e eu e tu passamos a ser nós, dois corpos unidos pela alma, pela praia, pelo sabor suave do champanhe, e o cheiro a maresia, unidos por aquele mesmo desejo… foi só um sonho beija-flor.
Tu não és um beija-flor, e eu não sou uma margarida, não há praia, nem champanhe, nem cheiro a maresia, não há almas a dançarem a valsa, sou apenas eu, eterna sonhadora, à espera que o mar me chame, ou que tu chegues…
2 comentários:
Sabes uma coisa doce "margarida" ...,
se o mar te chamar ...
se algum dia ele te chamar...
tu...
tu pouco te vais importar se ele, o outro, chega ou não ...
...
lindo o teu sonho...
linda a capacidade que tu tens em desenhar com palavras os teus sonhos....
....
é engraçado como as pessoas que tem necessidade de se mostrar fortes, são normalmente " insensíveis a certas lamechices"... e no entanto precisam delas quase que de uma forma "desesperada" ..., os seus olhos brilham e de tão desabituadas normalmente não sabem lidar com elas como que uma criança que com brilho nos olhos não sabe o que fazer com aquele brinquedo que lhe põe nas mãos ... ( desculpa este pequeno aparte ) ...
...
Ah.., já agora gostaria de te dizer que ontem tive na praia e que o perfume da maresia estava lá, as ondas bailavam juntas numa valsa de movimentos quase que perfeitos ... não vi nenhum beija-flor :-( ..., mas vi gaivotas ...) e não havia só margaridas, também vi rosas , tulipas, papoilas e tantas e tantas flores das mais variadas qualidades, tamanhos e perfumes !!
Bjs doces porque tu és ... doce !!
Pescador
Se o mar me chamar, eu irei com ele... porque ele sim é meigo, e conta-me histórias lindas, e canta pra mim.
Os beija-flores, pelos vistos, não gostam da praia. =)
Obrigada Pescador poeta...
Um beijo, ainda doce,
Drops
Enviar um comentário