terça-feira, maio 24, 2005

Desesperadamente

Luto desesperadamente contra esta vontade de me isolar, mas nos que me rodeiam não vejo mais que uma indiferença cortês.
Sei que parte da culpa é minha que não procurei, nem procuro aproximar-me. É ridícula a comparação entre o que fui e o que sou, dos meus risos fáceis não vejo mais que uma sombra fugidia quando encontro os amigos mais chegados. Já não sou simpática, nem comunicativa...
Que pensarão eles de mim? Na realidade isso não me preocupa. Não sei o que eu penso de mim, isso sim é grave, raio de dúvidas existenciais, se é que é disso que se trata...
Isolo-me na música que me acompanha sempre, já não é a música melódica de outros tempos, é música violenta, que nunca antes teria pensado em ouvir. Hoje ajuda-me a permanecer acordada, descarregam eles os gritos que eu queria poder dar... ajuda ao meu isolamento, ainda assim é uma companhia.
Queria começar de novo, nascer novamente, e quando tivesse que fazer escolhas acertasse. Talvez então fosse mais feliz.

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