sábado, janeiro 05, 2008

"E de mim me desprendo... sem vontade de ir nem ficar... dormir sem ter horas, dormir para sempre, dormir até que descubras a verdade e me libertes desta minha agonia de ser eu mesma sem sequer existir.


Vontade de abandonar tudo... de correr até que a pulsação acompanhe os raios de luz que outrora te iluminaram e te fizeram um pouco meu, porque te vi ali e sabia que nunca mais te voltaria a ver.


Desespero de ser ignorada, revolta, agonia... OUVE! Sei que não falo muito, e do pouco que digo a maioria são disparates, piadas, palavras soltas que vos atiro para que nunca saibam quem sou, o que sou, ou sequer se estou, mas...


Não, as palavras já não me acompanham, estou só de novo, tenho tanta coisa para dizer, tanta coisa para contar, tanta coisa tão irrelevante e no entanto as palavras abandonaram-me e vejo-me forçada a soltar estes lamentos desesperados, estes gritos solenes, estes chamamentos incoerentes para que elas voltem, porque continuo a não gostar de mim assim..."








Algures, num tempo que nunca foi, numa noite solitária, em lágrimas derretidas e com soluços esculpidos pelas mãos de alguém que nunca soube quem sou, nessa noite eu perdi a capacidade de escrever. Por vezes tenho uma vontade tremenda de me agarrar de novo a folhas de papel soltas e deixar que as mãos sigam por ali... mas os resultados são sempre os mesmos...

Não sei de mim, se alguém me vir a passar, por favor mostrem-me o caminho de volta.

1 comentário:

Pescador disse...

que saudades meu doce anjo !!
não me esqueço...
como poderia.., existem pessoas que mesmo que nunca cheguemos a conhecer, tocam-nos
e tu foste uma delas...
a tua tristeza chamou-me atenção, mas é a cor da tua alma que me prendeu ...
a uma menina de 1,60 m..., com mau feitio e com um sorriso lindo...
vou voltar...
sempre
bjs docessss com sabor a doces conventuais e licores de ervas !!
Pescador