quarta-feira, janeiro 23, 2008

Hoje

Hoje não queria morrer. Há muito muito tempo atrás sim, mas hoje? Não. Hoje eu estava disposta a dar os passos todos que tinham que ser dados. Disposta a terminar todas as etapas, disposta a sorrir a viver um pouco, a experimentar os caminhos que me apontaste, a apreciar as pessoas e as conversas, hoje eu estava disposta a fazer essa “amizade” durar para sempre.Mas hoje achaste que não, talvez te tenhas cansado da monotonia de uma amizade assim, ou tenhas tido medo da ausência que vem a seguir, simplesmente achaste que não, e mataste-me.Arrancaste-me ao teu dia-a-dia, e foi como se nada se tivesse passado na tua vida.Hoje, talvez tarde demais, hoje eu precisava de viver, mas hoje tu mataste-me… porque me tiraste o porto onde me segurava, e o horizonte parece agora demasiado longínquo para eu nadar até lá.Hoje é um dia demasiado relativo, para ti é o futuro, e para mim, hoje, é o passado que regressa trazendo a vontade de desistir de amanhã.

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