quinta-feira, novembro 02, 2006
sexta-feira, outubro 20, 2006
Por aí......
quinta-feira, setembro 07, 2006
Sad Eyes
quinta-feira, agosto 31, 2006
Mais um dia
sábado, agosto 12, 2006
Far Away
Foi assim que descobri que cada dia passa à sua própria velocidade, não interessa o que eu quero, nunca interessou.
Foi assim que descobri que as coisas são como são, e por mais que tentes, não as consegues mudar, moldar um pouco talvez.
Foi hoje, porque o sono não veio, foi hoje, ao som da mesma música repetida dezenas de vezes, foi hoje que as coisas começaram a fazer sentido.
Magoei-te escusadamente, apesar de tudo o que dizes, ou achas, ou sabes que te dei, nunca seria capaz de te dar o suficiente, não para mim.
Não porque eu seja muito generosa, mas porque só sei ser assim, se existe algo para dar, então dou, tudo.
Desculpa por ter tido tão pouco para dar, quando nos teus bolsos havia tanto que querias que fosse meu. Sei que acabaste por deixar tanto pelo caminho… tantas palavras, tantos carinhos, tantos beijos e promessas, que foram ficando esquecidos com medo da minha reacção. Foi assim, que desperdicei algo tão belo, tão lindo… porque nunca ninguém me ensinou a receber, e eu não deixei que me ensinasses. Porque foi assim que o tempo decidiu.
Passo a passo começo a tentar afastar-me de mim mesma, porque acho que repito os mesmos erros vezes sem conta. Talvez nem me afaste de ti, talvez.
Mas quando ouvi a música, sim, quando finalmente ouvi a música percebi que nunca seria capaz de ta oferecer, e nunca parei de esperar que mais alguém ma oferecesse…
Fui egoísta, porque quis tudo para mim, esqueci-me da pessoa que estava desse lado.Desculpa, que parece ser a palavra de ordem dos últimos tempos, desculpa-me por nunca saber bem o que se passa comigo até o tempo se encarregar de me abrir os sentidos.
quinta-feira, julho 20, 2006
Casa de З ક ь З Ґ Ч ∞ ક
Passaste a porta, espreitaste, mas resolveste não entrar, mas ao teu reflexo nos espelhos que cobriam as paredes eu acenei, e por ele me apaixonei, porque o reflexo parecia rir-se para mim... atirei-me de encontro as paredes, tentando unir-me a ti, apenas conseguindo magoar-me nos cacos de mim mesma que se iam espalhando naquele chão.
E de dia para dia fui fechando as janelas, primeiro com cortinados negros, depois com tijolos orgulhosos e desconfiados. Fui-me fechando lá dentro, um pouquinho de cada vez.
De repente dei por mim isolada, naquela casa de espelhos, vazios até de mim, porque na ausência de luz, nem eu sabia se estava lá ou não.
Uma eternidade passou, e a minha casinha começou a desmoronar-se... a primeira réstia de luz confundiu-me, a imagem no espelho já não era a minha, era uma gigante alterada pelos espelhos deformados pelo tempo. Era gente esquiva, olhos semicerrados e desconfiança a flor da pele. Até que mais alguém parou à porta.
Nos espelhos distorcidos não vi o seu reflexo, e quem chegou pareceu não ligar a confusão que ali se tinha instalado.
Não ligou aos cabelos desgrenhados, a cara de poucos amigos, não ligou à imagem que eu tinha de mim, nem ao desinteresse por tudo o que novamente me rodeava.
Veio, e procurou a flor no meu regaço, procurou um brilho no fundo dos meus olhos, e amarrou-se... a mim, ao que julgava que era eu, mas que afinal era só uma imagem guardada por um espelho teimoso...
Eu há muito que partira, numa brisa de vento gelado, abraçada ao ponteiro mais pequeno do relógio de um suspiro que dali tinha saído.
terça-feira, julho 18, 2006
ausências...
as minhas mais sinceras desculpas, mas a promessa de um regresso em força.
um beijo
Drops
sábado, maio 27, 2006
Talvez eu tivesse mesmo que te magoar, e magoar-me a mim também.
Talvez tivesse que descobrir o carinho só por si, numa relação incondicional de entendimento intuitivo.
Talvez.
Mas talvez houvesse escapatória, talvez pudéssemos ter controlado o impulso de ir à procura de algo em quem estava mais perto.
Talvez eu pudesse ter fugido, como fiz tantas vezes antes.
Talvez tu pudesses ter tido um pouco mais de cuidado, e eu nunca me tivesse apercebido de que era para mim que olhavas.
Porque eu sei, e tu sabes também, que o que nos aproximou, também nos está a afastar. Também sei, como tu sabes, que são as minhas dúvidas e as tuas certezas que tornam tudo tão difícil.
Depois chega a onda de calor, aproximas-te, e num fervilhar de horas passadas numa luta corpo a corpo as dúvidas tombam no chão, e fica apenas o desejo de estar ali ao teu lado por mais algum tempo.
No fim, quando os dias vão passando lentos no meu regaço, vou pensando, em mim, em ti… nós? Não, eu e tu. E sabemos disso, mas não nos devíamos importar, mas importamos, porque formamos algo ali no cinzento. Não somos “nós”, mas também não sou só eu, nem és só tu.
Conjugados sempre no presente, porque o futuro está enevoado pelas minhas dúvidas, e o passado afogado nas tuas certezas.
sábado, maio 20, 2006
Podia
Podia ter nascido bruma e ter crescido silêncio.
Podia respirar noite e beber saudade.
Podia alimentar-me de suspiros e chorar sorrisos.
Podiam ser nuvens, as minhas mãos, e o meu abraço nevoeiro.
Os meus cabelos podiam ser prados e os meus olhos… podiam ser…
Apenas olhos, porque eu apenas nasci menina e foi em silêncio que eu o fiz.
É na noite que melhor se ouve o meu respirar, e é nela que eu mergulho em saudades.
Rio em vez de chorar, e os suspiros vão-se escapando sorrateiramente.
As minhas mãos são tímidas, e o meu abraço… meu? É o teu abraço, o teu afago, os teus cabelos!
É por isso que os olhos me choram para dentro, porque eu podia mesmo ser bruma, se a tua ausência fosse mesmo felicidade.
domingo, maio 07, 2006
Hipocrisia
Um vulto que ninguém sabia muito bem se era real ou não. Todos me amam muito, mas no final, sou eu que me sinto a mais. Ainda assim, e com os espinhos espetados no coração continuo a ceder. "Sim, vou lá contigo", "sim, claro que posso ir". "E porque não, estarei lá". E quando estou?
…
É exactamente como se não estivesse. Não… pior, porque no momento em que a minha cara transparece a dor de estar de novo semi-transparente, há alguém que pergunta, "estás bem", "o que se passa?" "Nada, já sabes que eu estou sempre bem!" Mais um sorriso hipócrita, viro costas e finjo-me ocupada com alguma coisa, finjo, só isso.
E passa, a pessoa vai embora, sem saber se há de acreditar ou não, mas uns segundos e… magia, já a minha imagem se varreu da sua cabeça. Olho por cima do ombro… “era isso mesmo que eu te estava a dizer… nada, sou nada” e aquela vontade de sair dali, não importa como, não importa o motivo.
Sair, fugir de mim mesma, correr como se… como se fosse tão simples como correr. Deixar os músculos gritarem o que os pulmões não deixam. Mas não, não pode ser. Aguento até ao fim, naquele suplício meio confuso. Sorrio de vez em quando, não vá alguém reparar que ainda ali estou, e assim que há uma abertura avanço para a porta. Depois vem a fase do “Já vais embora? Mas ainda é cedo! Fica.”, e mais um sorriso, hipócrita, sorrio sempre “Desculpa, mas não posso mesmo ficar, estou cansada, e tenho coisas ainda para fazer, fica para outro dia tá? Vá, fica bem.”
Passo apressado, corro finalmente em direcção mal definida, mas com destino bem escolhido. Vou apenas, não importa o que me espera, nunca importou, o que importa é sair daqui agora. e chego lá gelada, sempre gelada. Procuro o meu canto, e algo que mantenha os olhos entretidos até que o cansaço me vença.
Algumas lágrimas insistem em acompanhar-me… “um grande nada”… sim, um grande nada, um espaço qualquer entre duas palavras que ficaram por dizer. O espaço entre duas gotas de chuva. Aquela folha em branco no final de um livro qualquer, ou aquele segundo de silêncio no final dos filmes. Nada, nem pedaço de folha, nem rascunho. Apenas um grande nada que vai sonhando enquanto vagueia pelas vidas dos outros.
E depois vem a culpa. Estive lá e não devia ter estado. Incomodei demais, devia ter vindo mais cedo, e nem pedi desculpa pelo meu comportamento! Para a próxima não vou. E fica decidido. Choro tudo o que tenho a chorar, e na vez seguinte, à minha primeira recusa, a culpa regressa. "Pois, comportas-te daquela maneira, e agora recusas um convite…" à primeira insistência cedo. "Está bem, eu vou".
E rezo, a tudo e a nada. Rezo para não dar nas vistas, por mais só que esteja. Rezo para conseguir representar o meu papel. E os dias vão-se sucedendo, as caras vão variando, mas eu sou sempre a mesma, e sinto sempre o mesmo, mas não consigo sair daqui, não sei como. As esperanças que vou construindo a custo, destroem-se de repente, como um castelo de areia, demasiado pequeno para resistir às ondas mais suaves…
sexta-feira, abril 07, 2006
1 aninho!
Um ano de passos dados em circulos apertados, em rectas intermináveis, com os olhos marejados de lágrimas, com o coração em paz. Um ano de paixões e desilusões, um ano em que tudo mudou, e em que outro tudo ficou na mesma. Um ano que passou muito devagar, mas que correu como o vento, um ano em que conheci pessoas virtuais, pessoas reais que estão aqui, mesmo estando aí. Um ano de expectativas destruidas, e de esperanças renovadas. Ano de mudanças... UM ano. Um só, repleto de mim.
A quem cá esteve...
sábado, abril 01, 2006
Eu...
Fiquei muda, as palavras foram-se engasgando na garganta, deixaram lá um nó asfixiante e as lágrimas foram escorrendo por ali, sem saberem o que fazer. No meio daquele meu egocentrismo todo perdi a capacidade de ouvir. E foste tu quem mais se magoou com isso. Foi a ti que eu não ouvi, a ti que eu não disse o que se passava.
Foi um beijo meu que te fez parar também a meio da estrada, mas tu não soubeste desviar-te do turbilhão de sentimentos que vinha a correr atrás de nós foi um olhar meu que te fez pensar que talvez não fosse mau deixares-te levar assim naquela corrente interminável.
Só aí fui capaz de ver… tu já lá ias, com um sorriso de quem se deixa levar no embalo dos sentidos, e eu fiquei, com a boca amarga por te ter deixado ir.
Voltei à estrada, voltei a caminhar devagarinho, com medo de pisar alguma das minhas palavras, que entretanto ia apanhando pelo caminho.
Fui atrás de ti, cautelosa, mansamente deixei que a minha mão procurasse a tua, e tentei curar-te as feridas latejantes. Dei-te o espaço, dei-te o tempo… infelizmente não consegui dar-te o sossego.
Recrimino-me mais uma vez por ser assim. Nem só por ti correram as minhas lágrimas, e mesmo assim deixei-te vê-las, sem conseguir realmente explicar o que se passava. Deixei-te afagar-me o cabelo, e preocupares-te comigo mais uma vez… fui eu que deixei. Fui eu… sempre fui eu. Eu… palavrinha irritante, de olhos escuros e cabelos compridos… eu! Palavra quieta e observadora… eu, a mais egocêntrica das palavras na sua forma mais tímida. Eu!!!!! Eu… eu? Eu nada.
Tu. Tu sim, vales todas as palavras. Mesmo que entre nós nunca haja o que sonhaste, mesmo que apenas a amizade prevaleça, ou ainda que ela resvale por uma valeta qualquer, saberemos sempre que deste o máximo, e fui eu (palavrinha egoísta), que não consegui fazer aquele esforço extra.
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
se ao menos
Se ao menos tudo fosse tão simples como sentir assim, sem pressas, percorrer o teu corpo como se nunca tivesse visto nada assim antes… na realidade acho que nunca vi, não assim, um corpo que a cada recanto reflecte um pouco da alma que tentas esconder.
Se tudo fosse tão simples como inventar uma desculpa para te tocar o rosto, ou deixar que toques o meu… se ao menos fosse tão simples como deixar-me levar… se ao menos existissem para sempre os beijos ao acordar, e os abraços ao adormecer, se os sonhos fossem para sempre assim… se ao menos, para sempre existisse.
Se ao menos eu fosse menos diferente… se todas as palavras fossem como as tuas, se tudo me fizesse rir como tu, se me sentisse sempre assim… se… se… se.
Adoro-te. E embora nem todas as tardes possam ser passadas num sofá amarelo, embora nem todas as noites possam ser passadas em abraços roubados, embora tu sejas um pouco assim, e eu um pouco da outra maneira, continuo a achar que vale a pena. Vale a pena arriscar tudo o resto, por um pouco disto.
Porque se ao menos todas as pessoas se sentissem um bocadinho assim todos os dias, então o Mundo seria como aquele sitio do meu sonho, em que todos os sons eram feitos de risos.
sábado, fevereiro 18, 2006
sábado, fevereiro 11, 2006
Lean on Me
"Sometimes in our lives, we all have pain
We all have sorrow But, if we are wise
We know that there's always tomorrow
CHORUS
Lean on me, when you're not strong
And I'll be your friend I'll help you carry on
For it won't be long, till I'm gonna need
Someone to lean on
You can call on me brother when you need a hand
We all need somebody to lean on
I just might have a problem, that you'll understand
We all need somebody to lean on
Please swallow your pride, if I have things
You need to borrow
For no one can fill, those of your needs
That you won't let show
CHORUS
If there is a load, you have to bear
That you can't carry I'm right up the road,
I'll share your load If you just call me...
call me If you need a friend....
call me If you need a friend....
If you ever need a friend
Call me....Call me...."
Michael Bolton - Lean on Me
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
...promessas...
Se o não cumprir não trouxer nenhum impacto na vida da pessoa a quem prometemos, se o cumprir não trouxer nada de bom... se a vontade for mesmo não cumprir...
Estará assim tão errado?
Estarei assim tão errada?
Serás capaz de me perdoar quando descobrires que não vou cumprir a promessa que te fiz, aquela que selámos com lágrimas? Será que ainda te lembras? Será que ainda tem importância?
S calhar não a quebro... se calhar não vai ser preciso... mas se quebrar, e se algum dia chegares a ler isto... desculpa.
segunda-feira, janeiro 23, 2006
Rasgando o tempo...
Fica o silêncio, perdido no meio da felicidade aparente dos solitários que se juntaram neste espaço, gelado de sentimentos, e onde os sentidos se perderam em nuvens ébrias e gargalhadas sonoras. O abraço não chega… o teu abraço, não chega. Então rasguei o tempo e o espaço e sentei-me aí ao teu lado, roubei um abraço fugaz e voltei para aqui, onde o carinho parece um conto de fadas, lindo, mas apenas uma fantasia.
Os sorrisos… os meus sorrisos, rasgam-me por dentro, tentando chegar cá fora, mas são tão forçados que ninguém acredita neles.
E mesmo quando a noite vai alta, e o ruído te tenta impedir, tu chegas, alcoviteira destemida. Enganas as defesas e tomas conta do meu rosto, outrora sorridente, levas o meu olhar para longe, e nem a certeza de que ao meu lado estão pessoas tão sós como eu, me reconforta.
As palavras encontram-me e eu desnudo-me de mim mesma. As gotas de suor escorrem para o papel, manchando-o. Encontro lá o borrão de sentimentos passados que hoje se repetem, e constato, que mais uma vez a solidão veio. Está aqui com o negro dos olhos baços e o vermelho das faces geladas.E mais uma vez eu parto. Vou, sem me despedir, e sem qualquer vontade de ficar. Não vou para longe, não quero ir para longe, vou só à minha procura. Amanhã estarei de volta, mas hoje preciso do meu silêncio, do cheiro do meu canto, da paz de estar rodeada de coisas familiares."
PS - embora não pareça, é uma foto da lua, naquela noite de Verão em que ela esteve cor-de-laranja, como se fosse pintada por mim...
sexta-feira, janeiro 13, 2006
de onde vem?
domingo, janeiro 01, 2006
Resoluções de ano novo
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E era esta, a folha das minhas resoluções de ano novo... branca (neste caso, negra). Pela primeira vez, não pedi desejos à meia-noite, não me decidi a fazer nada, não prometi, não pedi promessas. A folha está em branco, e hei de escreve-la, um dia de cada vez.
Bom 2006, uma letrinha de cada vez ;)